
Encenado na Broadway em 1959 (veja o quadro abaixo), Gypsy é tido como um clássico no sentido rigoroso do termo, em oposição a musicais mais pop e recheados de hits, como A Noviça Rebelde. Apesar do título, a trama nada tem a ver com o universo cigano. Ela se baseia numa história real, a vida da stripper Gypsy Rose Lee, de sua mãe e de sua irmã mais nova nos bastidores do showbiz americano entre 1910 e 1930. Laurents desenvolveu o libreto a partir da biografia Gypsy: a Memoir, lançado em 1957 pela estrela de vaudeville Rose Louise Hovick (1911-1970). A protagonista é a matriarca controladora Rose Thompson Hovick (1890-1954), a Mama Rose, uma mulher cheia de artimanhas para fazer suas meninas deslanchar na carreira artística, sobretudo a caçula, June Havoc (1912-2010), morta em 28 de março. Na edição brasileira, o papel principal cabe à atriz Totia Meireles, e suas filhas são vividas por Adriana Garambone e Renata Ricci. “É um personagem para atleta de elite. Mama Rose participa de cenas movimentadas do início ao fim”, afirma Möeller. “Realizo nove trocas de figurino e canto oito músicas”, resume Totia, que há mais de um ano se prepara com aulas de canto e impostação de voz.

Embora Gypsy ainda não tenha estreado, a linha de montagem da dupla Möeller e Botelho não pode parar. A Aventura Entretenimento, sociedade dos diretores com a produtora Aniela Jordan e o empresário Luiz André Calainho, já investe em outra mega-atração, com estreia prevista para outubro, no Teatro Oi Casa Grande. É o libelo da contracultura Hair, de enorme sucesso nos cinemas e propagador dos hits Aquarius e Let the Sunshine In. Pelo menos cinquenta funcionários da empresa trabalham em um prédio no Humaitá na pré-produção da peça. “Temos os direitos, o patrocínio e o local. Por que não montar?”, acrescenta Botelho. A temporada se anuncia promissora para quem aprecia bons espetáculos de canto e dança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário